sábado, 9 de janeiro de 2010

Reflexões de Ano Novo - Parte I

2009...
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Comecei o ano batalhando muito, sem realmente acreditar que tudo aquilo levaria a alguma coisa. Mas levou. De repente, era o meu sonho que estava ali na minha frente, gritando meu nome. Aprovada. Que sensação...
Tanta coisa mudou, tanta coisa ficou para trás... Novos amigos, nova rotina, nova vida... Tanta correria, noites sem dormir, fossem elas refazendo trabalhos ou deixando tudo se afogar em um copo de bebida numa festa qualquer. Novos planos, novos sonhos...
Mas também os antigos que, em algum lugar, ainda resistiram. Os bons e velhos amigos, sempre por perto (ainda que esse por perto fosse do outro lado de uma tela de computador, ou da linha telefônica), os antigos sonhos que se fizeram presentes em uma música, em uma foto, em um sorriso... tudo aquilo que fez parte de mim e me trouxe até aqui e ainda segue em algum lugar aqui dentro, nem que seja em memórias...
Sonhei, mesmo que não pudesse fazer muito para realizar, ainda. Às vezes, temos que aprender a dar um tempo e esperar que o destino traga os momentos certos para as coisas certas. Me apaixonei muitas vezes... e me desapaixonei depois. Algumas vezes, cheguei a achar que era para sempre. Outras, sabia que era por apenas uma noite. E estas valeram a pena, do mesmo jeito. Ri. Com motivo ou sem, de bobeira ou de bebida, ri. E aproveitei cada riso, tendo consciência do quanto ele valia. Do mesmo modo chorei, e valorizei as lágrimas, sabendo que, apesar de doer, elas me levariam a algum lugar. Levaram. Cantei sem me importar com a voz, ou com quem ouvia. Dancei até o corpo pedir para parar. Apreciei elogios, elogiei. Fui ofendida e também ofendi - hoje me arrependo. Viajei, mesmo que não para tão longe, e aproveitei cada minuto das viagens com pessoas pelas quais viajaria o mundo a pé. Tomei banho de chuva, andei descalça, me sujei - e não me importei. Fiz confissões que jamais imaginei que faria, e não senti vergonha. Tive meus momentos de popularidade e os de solidão, estive por cima e estive por baixo, consciente de que nenhuma das duas situações duraria para sempre. Fiquei nervosa, alegre, brava, conformada, fui feliz... E entendi que a vida é assim mesmo.
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Achei que a palavra para esse ano fosse "mudança". Agora, de última hora, gostaria de trocá-la para "evolução". Que, em todo caso, é uma mudança, sim, mas positiva, dinâmica, feliz. Uma mudança que me permite afirmar que "a vida que eu levo, quero viver outra vez", como diria a canção. E que venha 2010, com outros sonhos, amigos, planos, momentos, altos e baixos... afinal, a vida não pára ;)

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